sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A Vaselina, de Apollinaire.



Praça da Ópera: por uma farmácia adentro
Entra um senhor bem-posto feito um pé de vento:
“Estou com pressa”, diz. “Eu quero vaselina.”
Gentil, o boticário indaga do cliente
Impaciente
A que uso se destina
O graxo ingrediente:
“Se for para o rosto, é melhor levar da fina...
Qual?
Que tal
Este artigo
Que o senhor, sem perigo,
Pode no rosto usar?
Eu por mim recomendo sempre a boricada.”
E o cliente a bufar: “Mas que papagaiada!
Pouco me importa qual, pois é para enrabar!”
 
"Poesia Erótica em Tradução", do poeta, ensaísta e tradutor José Paulo Paes.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Entrevista com Santillo

fonte: blog attitude23

Olá galera do rock, pra começar venho com muita alegria dizer que estamos inaugurando a Sessão Entrevista23 e como já esta evidente serão entrevistas que iremos fazer de maneira que sejam exclusivas com perguntas inteligentes e sobre o trabalho dos músicos. Ao contrário dessas entrevistas que andamos vendo por aí que mais parece de revistas de fofocas nós queremos coisas que como o nome e proposta do blog diz, de atitude.
Para inaugurar essa sessão, conseguimos uma entrevista com Aldo Santillo, músico em carreira solo com uma banda de apoio de peso que acaba de lançar seu primeiro álbum, Despeito, com identidade própria e uma qualidade ímpar nas suas composições.
Santillo foi muito bacana conosco sendo muito atencioso e até mesmo paciente, o cara é extremamente profissional.
Enfim, vamos ao que interessa a entrevista que ficou muito show de bola:
Primeiramente gostaria de agradecer por responder as perguntas do Attitude23 e pela atenção dada ao nosso blog. Poderia se apresentar aos nossos leitores?
Na verdade eu é que agradeço. É sempre um prazer conversar com os blogs de música que são o canal mais forte de divulgação da música independente no Brasil. E, ainda mais, quando eu percebo que houve uma pesquisa feita a respeito da minha música, como é o caso de vocês do Atitude23.
Eu sou Aldo Santillo, tenho 42 anos, e lancei ano passado meu primeiro CD, Despeito. Sou compositor desde os 15 anos, tenho uma formação musical ampla, incluindo mpb, música erudita e, é claro, rock, em especial classic rock. Estudei música nos EUA, onde me aprofundei mais no estudo do violão clássico e popular, mas não me considero instrumentista. Sempre tive grande dificuldade com o instrumento. Tudo o que consegui foi a custo de muitas e muitas horas de prática. Mas me considero um bom compositor, tanto de música, como de letra. Ultimamente aprimorei minha técnica vocal e hoje me vejo mais como cantor e compositor. Fiquei muitos anos longe da música mas, há coisa de 3 anos, voltei a tocar e a compor até que, "um belo dia, decidi mudar". Saí do meu emprego e gravei meu primeiro CD.

Seu som é bem peculiar, arrisco dizer que conseguiu um sonoridade própria. Como chegou a esse estilo e qual gênero costuma usar ao descrevê-lo?
Desde que comecei a tocar violão, já queria tocar minhas próprias músicas. Não via a menor graça em tocar músicas dos outros. E assim foi com as bandas da adolescência. Sempre tocávamos música autoral. Gosto muito de compor e, em especial, de ver como a música se desdobra quando apresentada à banda. Geralmente, chego com uma ideia e vamos construindo em cima. Acho essa interação muito importante e enriquecedora para o todo da música. A mim, me parece que a música pede pra ser de uma forma ou de outra, ela mesma se guia. Bem, dito isso, fica claro que desde o início eu queria fazer o meu som. Às vezes me vejo como uma esponja, que suga tudo que está à sua volta e, dessa mistura, inconscientemente, sai o meu som. Acho que a sonoridade própria vem disso, do meu desejo desde sempre de fazer um som próprio, de não imitar ninguém e, também, em grande parte, à banda que gravou o CD comigo. 
Costumo descrever o meu som como rock. É de rock o que gosto. Não é metal, não curto muito metal, sou mais da turma do classic rock, curto muito grunge e punk rock. Algumas pessoas que respeito muito musicalmente já descreveram meu estilo como hard rock clássico, outras como pop rock, enfim, tem pra todos os gostos. Sempre defini meu som como rock, a não ser algumas músicas específicas, como Despeito e Corpo Macio, que claramente são de outros estilos. Mas, sem querer cair naquele lugar comum, não gosto de me apegar a rótulos. Faço a música que gosto.

O seu primeiro álbum, Despeito, pelo que podemos observar é independente, conte como foi a gravação dele. Já haviam musicas prontas e as utilizou ou as compôs especialmente pra esse debut?
Despeito foi gravado de forma totalmente independente, com meus próprios recursos. Tive a sorte de contar com a banda que fechou com o projeto e fizemos o melhor que poderia ser feito dentro dos nossos recursos de tempo e dinheiro. As músicas foram sendo arranjadas e gravadas ali na hora mesmo. Eu apresentava a música e a galera ia construindo em cima. Todos os arranjos passavam pelo meu crivo, exceto no caso de Videogames, que eu deixei por conta deles e, na minha opinião, saiu uma beleza.
A gravação do CD começou com uma música que gravamos pra participar de um festival, que consistia em gravar uma música para uma letra de um artista já consagrado. Essa música, depois, passou a se chamar Outro Lugar, e está no CD. Gostei muito do resultado e senti a necessidade de gravar mais. Foi assim que juntei a galera (Marcelo Borges, Jeovah Júnior, Claudio Santillo e Cristiano Lage) e gravamos mais 4 músicas: Despeito, Segunda-feira, Corpo Macio e A Fé. Esta última não entrou neste CD, mas certamente estará no próximo. Depois resolvi gravar o CD inteiro.
Como disse anteriormente, já componho desde os 15 anos então meu repertório de composições é grande. Mas, muitas delas, têm letras que não se adequam à proposta que queria pra este CD, ou por serem muito ingênuas ou por retratarem posições que já não fazem parte de nossa realidade ou de minhas opiniões hoje. Pra este CD gravei músicas como Corpo Macio e Nuvens, que são do final da década de 80, portanto com mais de 20 anos de existência. Outras são de um período intermediário, como Videogames, Bandido, Lua, Despeito, Segunda-feira e Nananá, que datam de meados da década de 90. Ponto., Por Alice, As melhores coisas da vida são as mais recentes, de 2011 pra cá.

Como bem sabemos, você se apresenta em carreira solo e não como uma banda em si. Para apresentações ao vivo usa uma banda própria? Quais os integrantes? Eles participaram da gravação de Despeito?
Pois é, costumo dizer que sou banda e sou solo. Só me apresentei até agora com a banda que gravou o CD, já citada acima. E curto bastante essa formação, por conta da sonoridade que ela produz. É o tipo de som que eu curto mesmo, que me dá prazer ouvir. Mas nada impede que me apresente com outra banda. Os integrantes originais são Claudio Santillo (guitarra e violão), Marcelo Borges (guitarra e violão), Jeovah Júnior (baixo) e Cristiano Lage (bateria). Para a gravação do CD convidamos o tecladista Lauro Almeida, grande amigo, para a participação em algumas faixas e o também amigo e virtuose Mateus Schneider, que fez o solo em Nananá. Nos shows, adicionamos o também guitarrista e produtor Leandro Carvalho
Devo dizer também que neste CD tenho um parceiro em duas músicas, o amigo Walder Clemente. São fruto dessa parceria Nuvens e Ponto. 
No último mês estou ensaiando com uma nova galera muito boa, aqui mesmo do Rio de Janeiro, e espero em breve fazer mais shows com essa nova formação. Pelo que vi e ouvi até aqui, o som promete com essa banda também. Em breve estaremos com o "bloco na rua".

Voltando ao álbum Despeito, bem interessante que mesmo em composições mais complicadas como a bluesada Corpo Macio você preferiu compôr em português, coisa bem difícil de se fazer mas entre os sons, encontramos Videogames que esta em inglês e devo dizer que foi um dos sons que mais curti, pensa em compôr mais em inglês ou só foi uma experiência mesmo?
Sempre compus em português e confesso que não entendo muito bem o porquê de muitas bandas novas só gravarem em inglês. Videogames foi feita em inglês pois a fiz quando morava nos EUA, foi uma coisa de momento. Nunca tive a pretensão ou a vontade de compor apenas em inglês, mas também, como vocês já devem ter notado pela diversidade de estilos que permeia Despeito, eu não gosto de me prender a rótulos e nem vejo com estranheza ter uma música em inglês em um CD praticamente cantado em português. Nananá, se formos pensar bem, é uma música sem letra, mas com um forte apelo ao espanhol mexicano. Poderíamos até dizer que é, também, feita em "outro idioma".
Quanto à sua pergunta, a resposta é SIM. Já estou gravando uma nova música em inglês, chamada "I won`t let you down" que tem uma proposta ambiciosa, de gravá-la com uma cantora de blues e soul já consagrada. Espero um dia conseguir esse dueto.

Nananá é uma musica bem inusitada, me diverti muito com ela, como surgiu a ideia dessa musica sem letras?
Nananá já nasceu assim, sem letra. Mas a "diversão" da música nasceu mesmo foi no estúdio, enquanto gravávamos. Claudio colocou uma guitarra meio mexicana, usando slides, e então a criação do tema vocal foi quase que imediato. Nananá foi, sem dúvida, a música que mais nos divertimos gravando e criando em cima. Eu sempre pensei nela como um instrumental onde faríamos uma brincadeira com efeitos sonoros, como é o caso do burburinho e da música subindo dentro dele. Mas o apelo country rock veio depois, no estúdio mesmo. Gostei demais do resultado.

Curti o álbum por inteiro mas tenho minhas musicas prediletas nele como Videogames como já disse, As Melhores Coisas Da Vida que é uma linda homenagem a um filho e Nananá. Quais sons desse álbum que você tem predileção?
Eu sou suspeito, gosto de todas...rs...A minha menina dos olhos, durante muito tempo, foi Segunda-feira, que considero uma música forte, segura, assim como Ponto. Gosto muito de Por Alice e a própria Despeito, que a princípio destoa do resto do CD, mas que, no conjunto da obra, a enriquece.

Já que mencionei As Melhores Coisas Da Vida, uma curiosidade, você logo na introdução dessa musica, deixa claro que é uma homenagem a um filho. Conte-nos sobre essa bela homenagem e esse belo sentimento que é ser pai.
Sim, essa música foi dedicada ao meu filho, João Rafael, hoje com 15 anos. Foi feita num momento difícil pelo qual passamos. Eu quis fazer uma música que todo pai (ou mãe) pudesse cantar para seu filho, daí surgiu essa música e, pelo que tenho ouvido de algumas pessoas, o objetivo foi conseguido. No ano passado, no dia dos pais, fizemos um vídeo colaborativo dessa música, com fotos de fãs e amigos. O vídeo pode ser acessado no http://www.youtube.com/watch?v=19Q8ORG2j1s .

Quais seus futuros projetos?
Pretendo fazer mais shows e gravar mais. Às vezes fico impaciente já que tenho muitas músicas ainda pra gravar e fico pensando naquela adrenalina do estúdio, em como sairão os arranjos, e quero ver isso logo pronto. Mas com paciência tudo acontecerá ao seu tempo.

Enfim, pra finalizar essas perguntas, gostaria de agradecer ao tempo em que dispôs para nos responder e gostaríamos que se despedisse dos nossos leitores.
Gostaria de deixar o meu muito obrigado ao Atitude23 por abrir este espaço importantíssimo para a música independente e, em especial, aos seus leitores. Convido a todos a curtirem meu som, disponível gratuitamente no www.facebook.com/santillo.rock e, também, a compartilhá-lo por aí com os amigos. Na fan page eles poderão acompanhar mais de perto a evolução da minha carreira, ver vídeos, conversar comigo, enfim, é o canal aberto com o público para a comunicação. Valeu demais!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Balada da alma


Marcelo T.A.
Preciso viver muito
pra saber o que é viver
mas viver pra mim exige
respeito do bem querer
se me fere a matéria
e me desfere os meios
o que cintilar em saudade?
se não sobram devaneios
me restam fotos e sons
que outrora eram festa
mas me foge o entusiasmo
de encarar esta sesta
foi nada não
apenas a fuga do meu ser
minha vontade de sorrir
entalada em desespero
sinto o sentido
e um breve sussurrar
será que é o amor?
vivo e machucado
pelo destino da vida
reflexo dos meus próprios atos
merecimento de minhas ações
mudo hoje
rasgando
uniforme
com o propósito
de ser mais feliz

mais poesias no usinapedroparente

Ninja


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Bocage e Olavo Bilac

Saiba morrer o que viver não soube

Bocage


Meu ser evaporei na lida insana
do tropel de paixões que me arrastava.
Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
em mim quase imortal a essência humana.
De que inúmeros sóis a mente ufana
existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe Natureza escrava
ao mal, que a vida em sua origem dana.
Prazeres, sócios meus e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta e si não coube,
no abismo vos sumiu dos desenganos.
Deus, ó Deus!... Quando a morte à luz me roube
ganhe um momento o que perderam anos
saiba morrer o que viver não soube.




Saiba descer o que subir não soube(paródia)

Olavo Bilac

Meus dias consumir de terra em terra,
em banquetes com reis todos os dias;
comigo a pança encheu também Tobias
na Alemanha, na França, na Inglaterra...
Oh! secretário que tão bem comias!
Não sejas mole: dente agudo ferra
na própria língua, que ainda agora encerra
o chorume daquelas iguarias!
Marinhas (1), meu nego, se tu visses
o que de bom nesta barriga coube,
é impossível que ao pranto resistisses.
Quando o Rio a Petrópolis me roube (2)
desça o trem com finas gulodices,
saiba descer o que subir não soube!

A filha de Stephen King


antas em ação

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Prátaí recebe Canetadas de Renato Paiva

Formas geométricas, perspectivas, volumetria, abstrações, psicodelia, movimento e muitas cores. É o que reserva a exposição de desenhos.
Pintura feita à mão em papéis linho e canson, com aplicação de lápis de cor, caneta esferográfica, giz de cera e grafite. O resultado são telas e painéis com marcas bem peculiares: muitas formas geométricas, abstrações, cores e psicodelia, que promovem sensações diversas. Energia. Movimento. Os desenhos, às vezes, remetem ao cubismo e ao vanguardismo. Isso é o que reserva a exposição Canetadas de Renato Paiva no Prátaí, que será aberta nesta sexta-feira, 07 de junho, no Prátaí Cult Bar. A mostra continua aberta até 30 de agosto.




Engenheiro civil por formação e ofício, Renato Paiva, 43 anos, é artista autodidata há quatro anos. Ele assegura que não desenvolve sua arte preso a qualquer escola. Os desenhos são criados de forma intuitiva, porém a engenharia acaba por influenciar os trabalhos, muitos deles marcados por formas geométricas, volumetria e perspectivas. Edifícios, ruas, escadas e rostos que integram a paisagem urbana. Em outros desenhos, há esferas, mandalas e outros elementos geométricos ricos em detalhes, cores e formas. “Meus desenhos não deixam de ser uma forma de expressar a engenharia, entretanto sem a rigidez e a precisão exigidas na profissão”, afirma.
A obra ainda é pouco conhecida do grande público, mas as canetadas de Renato Paiva já são conhecidas por internautas do Facebook e do blog Canetadas de Renato Paiva. O mundo digital foi fundamental para a divulgação de seus desenhos e o ajudou a levar 30 trabalhos para uma exposição virtual coletiva promovida por uma galeria alemã (http://www.bilderei-wose.de/), que ficou em cartaz de abril a maio de 2012. Renato Paiva apresentou ainda uma individual de 26 telas na Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), em dezembro de 2010; e participou da coletiva Blogarte, realizada em 2012, no S-4 Bar. Alguns trabalhos também podem ser conferidos em acervos permanentes em Anápolis e Goiânia.
Desenhos em papel de cigarro
O artista conta que na adolescência, nos anos 1980, quando trabalhava com o pai em uma tradicional choperia de Anápolis – sua cidade natal –, costumava usar o papel que embrulhava os maços de cigarros para fazer desenhos com canetas esferográficas. Entretanto, quando concluídos, os rabiscos iam direto para o lixo, pois ele desenhava apenas para matar o tempo. Certo dia, teve a ideia de retomar a atividade. Em abril de 2009, começou a levar seus desenhos a sério e começou a fazer experimentos com papel canson, caneta esferográfica e lápis de cor. Depois, acrescentou o giz de cera e o grafite para dar mais vida e, também, mais durabilidade às peças criadas. Desde então, veio uma explosão criativa. 
Segundo o artista, à medida que o trabalho evoluiu, veio a ideia de criar o blog Canetadas de Renato Paiva (www.canetadasderenatopaiva.blogspot.com.br) e a página que mantém no Facebook. Isso não só ajudou a ver conhecido (e reconhecido) o seu trabalho, como também, observa, “é uma forma de aperfeiçoar os trabalhos com as sugestões que recebo das pessoas. Isso é muito bom”, ressalta.
A exposição de Renato Paiva vai ao encontro do que propõe o Prátaí Cult Bar, um local que tem como proposta inventar, transformar e surpreender. Inaugurada há pouco em Goiânia – fim de 2012 –, a casa preza pela culinária realizada de forma artesanal, sob o comando do chef  Raphael Rodrigues. No bar de Leonardo Maruyama e Virgínia Meireles Nasser é assim: o clássico e o moderno se misturam dando lugar à harmonia entre paladares e cultura. É de encher os olhos e também o estômago.
Viviane Maia
Serviço
Exposição Canetadas de Renato Paiva no Prátaí
Abertura: 7 de junho, às 20h30.
Local: Prátaí Cult Bar (Av. T-4 c/ T-13, 1.478, Ed. Absolut Business Style, Setor Bueno)
Duração: até 30 de agosto
Horário de Funcionamento:
Terça a sábado: 17h às 2h;
Domingo: 16h às 23h.
Informações: 3932-1454 / 3239-1464
link facebook:  Prátaí Cult Bar

Rock And Roll, mano!!!

Frases antológicas: Silvio Luiz

fonte: peramblogando


Sylvio Luiz Peres Machado de Souza, mais conhecido como Silvio Luiz, é locutor esportivo brasileiro que atualmente trabalha na Rede TV. Sua marca pessoal é o uso de irreverência durante as narrações, cunhando bordões e frases de efeito e utilizando-se de sarcasmo, bem como o seu timbre de voz característico.

As frases reunidas aqui foram todas ditas durante transmissões de jogos de futebol.





Frases:

"Pelo cheiro da mortadela vai ser 8x0 pro Brasil!"

"Acerte o seu ai que eu arredondo o meu aqui."

"Balançou o capim no fundo do gol!"

"Pelo amor dos meus filhinhos, o que é que eu vou dizer lá em casa?"

"Vai mandar o sapato daí, olho no lance!"

"Pelas barbas do profeta!"

"Ela foi no pé da carajana!"

"Levantou a bola lá dentro do pagode brasileiro!"

"Essa falta é meio perigosa, é meio alici meio mussarella... depende de quanto azeite passa nela."

"O goleirão tá armando o biombo"

"Pegou a raspa da mandioca"

"Chupa que a cana é doce!"

"Ih... Abriu a casa da viúva!"

"Passou a manteiga na criança!"

"Lançou lá na boquinha da garrafa!"

"Pode fechar o caixão e beijar a viúva."

"Ele tá indo bater o lateral assim devagar porque não sabe que aqui no Brasil já são 3 da manhã!"

"E a mulecada aí diz pro pai que tá vendo o jogo e tá é esperando o Cine Privê. Pensa que eu não sei?"

"Minha Santa periquita do bigode loiro!"

"No pau!"

"Foi ali na orelhinha da girafa"

"Olha lá, cruzou a bola no gogó da ema!"

"Escanteio!! Quem é que aparece lá para dar uma rosca na criança?"

"Papai do céu o que eu vou dizer lá em casa"

"Pode mandar o charuto daí!"

"Espirrou o taco por ali... vamo passa giz nesse taco! Faltou passar giz no intervalo heim nego!"

"Ih, roubaram o pirulito dele!"

"Vai balançar o esquelo por aqui o jogador da representação do time branco"

"Vaí mandar o bambu daí..."

"Olho no lance!"

"Puxaram o avental dele lá dentro hein!"

"Levantou a flanela do lado de lá"

"Agora vai ter que correr atrás da duplicata"

"Já ta ficando tarde, os morceguinhos já estão tchic-tchic-tchic-tchic"

"Estava em baixo da saia."

"Você que acabou de chegar daquela reunião chata de condomínio porque seu filho riscou o elevador, pode acreditar! O Vasco da Gama está ganhando de 2 x 0."

domingo, 4 de agosto de 2013

Wally se encontrou


Observações Morais, Satíricas ou Irônicas

Barão de Itararé

 O homem que se vende recebe sempre mais do que vale. 
Quem foi mordido de cobra até de minhoca tem medo. 
 Sabendo levá-la, a vida é bem melhor do que a morte. 
As criança atingem aos sete anos a idade da razão. 
 Depois disso, começam a praticar toda espécie de loucura, até o juízo final. 
É mais fácil sustentar dez filhos do que um vício. 
 Diplomata é um homem inteligente que consegue convencer a senhora que, com um casaco de pele, pareceria muito mais gorda. 
A esperança é o pão sem manteiga dos desgraçados. 
 Queres conhecer o Inácio, coloca-o num palácio. 
O mal alheio pesa como um cabelo. 
 El vivo vive del sonzo y el sonzo, de su trabajo. 
Há Cadillacs de oitenta cavalos, sem contar com o proprietário. 
 Aquele senhor era tão tímido que até tinha vergonha de proceder honestamente. 
Desgraça de jacaré são essas bolsas de couro. 
 A primeira ação de despejo de que se tem memória foi a expulsão de Adão e Eva do Paraíso, fundamentada na falta de pagamento de aluguel e comportamento irregular. 
Esporte é tudo aquilo que fazemos para deixar de fazer justamente aquilo que deveríamos fazer. 
 Os homens são sempre sinceros. O que acontece, porém, é que às vezes trocam de sinceridade. 
Quem é mais porco? O porco ou o homem que come o porco? 
 O médico militar é um doutor que examina rigorosamente o soldado para ver se ele está em perfeito estado de saúde para ir morrer no front. 
Adolescência é a idade em que o garoto se recusa a acreditar que um dia ficará cacete como o pai.  

lucubrado no projeto releituras

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Wowww!


Bzz


Cinema

 Drácula (1931)
Tod Browning
 A Dança dos Vampiros (The Fearless Vampire Killers) – 1967 
 Roman Polanski
 Bram Stoker’s Dracula (1992)
Francis Ford Coppola
Nosferatu - O Vampiro da Noite (1979)
Werner Herzog

O Menino que Carregava Água na Peneira

Manoel de Barros
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.

A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e
sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.

A mãe disse que era o mesmo
que catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces
de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio, do que do cheio.
Falava que vazios são maiores e até infinitos.

Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito,
porque gostava de carregar água na peneira.

Com o tempo descobriu que
escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.

No escrever o menino viu
que era capaz de ser noviça,
monge ou mendigo ao mesmo tempo.

O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor.

A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta!
Você vai carregar água na peneira a vida toda.

Você vai encher os vazios
com as suas peraltagens,
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!